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19 setembro, 2021

Taurus lançará quatro novos modelos de pistolas no Brasil ainda em 2021

 

*LRCA Defense Consulting - 18/09/2021

Recentemente, o CEO Global da Taurus Armas, Salesio Nuhs, anunciou que a empresa lançará mais quatro novos modelos de pistolas no mercado brasileiro ainda neste ano, haja vista que agora, após contar com um organismo certificador privado, está conseguindo certificar dois novos produtos por semana, em contraste com os cerca de oito por ano anteriormente.

Os novos lançamentos foram motivados pelo fato de a Taurus estar atenta às expectativas e desejos de seus consumidores brasileiros em dispor desses tipos de pistolas.

Os quatro lançamentos - TS9c, TS9 RA, 1911 Government 9mm e 1911 Officer 9mm - tornam mais completo o portfólio de armas oferecido também ao consumidor brasileiro, como já acontecia com os americanos (exceto com versão RA das TS9 e TS9c).

TS9c - Taurus Striker compacta com retém do ferrolho ambidestro no calibre 9mm
Ideal para transporte oculto, a pistola TS em sua versão compacta mantém a confiabilidade, segurança e rapidez da versão em tamanho real. O cano, corrediça e empunhadura separados garantem ao usuário a discrição no uso da arma mantendo a alta capacidade de tiro.

Taurus Striker compacta TS9c RA

Especificações técnicas:

- Capacidade: 13 + 1 tiros
- Tipo de ação: Striker Fire
- Calibre: 9 mm (9 x 19)
- Altura: 5,15"
- Largura: 1,32"
- Peso: 773,94g
- Comprimento do cano: 3,7"
- Comprimento total: 6,95"
- Miras: Sistema ajustável de 3 pontos; Trítio
- Segurança: Bloco do pino de disparo, Indicador da câmara carregada, Bloqueio do gatilho, Retém do ferrolho ambidestro

TS9 RA - Taurus Striker com retém do ferrolho ambidestro no calibre 9mm
A pistola Taurus Striker TS9 RA, agora também oferecida ao mercado civil, é produzida com protocolo militar e foi concebida para ser utilizada por forças policiais, de segurança e militares, pois assegura praticidade de pronto emprego, facilidade de manutenção, segurança de manuseio e rusticidade. 

Com seu projeto e design inovadores, a TS9 reúne os mais modernos e avançados recursos e funcionalidades para uma arma de pronto emprego. 

Possui sistema de dupla trava do gatilho (DTS - trava de gatilho e trava manual) e eficiente sistema de estancamento contra poeira, areia e lodo que garante seu uso sob as mais extremas condições de operação.

A versão RA da pistola TS9 se difere da tradicional pelo fato de o retém do ferrolho ser ambidestro, o que possibilita o uso com ambas as mãos nas mesmas condições de segurança, além de o recurso torná-la mais competitiva nos mercados nacional e internacional.


Taurus Striker TS9 RA

Especificações técnicas:
- Capacidade: 17 + 1 tiros
- Tipo de ação: Striker Fire
- Calibre: 9 mm (9 x 19)
- Altura: 5,80"
- Largura: 1,32"
- Peso: 828g
- Comprimento do cano: 4"
- Comprimento total: 7,42"
- Miras: Sistema ajustável de 3 pontos; Trítio (opcional)
- Segurança: Trava do percussor, Indicador da câmara carregada, Bloqueio do gatilho, Trava manual externa

1911 Government no calibre 9mm
No padrão com o qual todas as pistolas 1911 são comparadas, a Taurus 1911 Government  oferece o modelo mais preciso e repleto de recursos do mercado hoje. Agora disponível em 9 mm, esta tradicional arma de fogo agressiva e sólida está pronta para ser usada imediatamente. 

Taurus 1911 Government - a 1911 padrão


Especificações técnicas
- Capacidade: 9+1 tiros
- Tipo de ação: Ação única
- Calibre: 9 mm (9 x 19)
- Altura: 5,80"
- Largura: 1,50"
- Peso: 1,19kg
- Comprimento do cano: 5,00"
- Comprimento total: 8,60"
- Miras frontal e traseira: Novak Drift ajustável
- Segurança: Bloco de pinos de disparo, Segurança de aderência, Segurança Manual

1911 Officer no calibre 9mm
Com cano de 3,5”, a Taurus 1911™ 9MM Officer é uma arma própria para proteção pessoal ou uso como backup. Com capacidade de 8 + 1 tiros, a pistola é compacta e ocultável. O cano de 3,5" é o mais curto da linha Taurus 1911™, com um comprimento total de 7,2", tornando-a uma companheira perfeita para transporte velado, autodefesa ou uso doméstico. A Officer apresenta um discreto acabamento em preto sobre preto, miras dianteiras e traseiras ajustáveis ​​de deriva Novak® e punhos pretos xadrez.

Taurus 1911 ™ 9MM Officer - a 1911 compacta

Especificações técnicas
- Capacidade: 8+1 tiros
- Tipo de ação: Ação única
- Calibre: 9 mm (9 x 19)
- Altura: 5,07"
- Largura: 1,30"
- Peso: 963,88g
- Comprimento do cano: 3,5"
- Comprimento total: 7,20"
- Miras frontal e traseira: Novak Drift ajustável
- Segurança: Bloco de pinos de disparo, Segurança de aderência, Segurança Manual

17 outubro, 2020

Brigada Militar (RS) fará licitação internacional para compra de pistolas 9mm

Foto: GaúchaZH

*LRCA Defense Consulting - 17/10/2020

Em entrevista ao jornal Zero Hora, edição online de 16/10, o  Comandante-Geral da Brigada Militar (Polícia Militar do RS), Coronel PM Rodrigo Mohr Picon, ao comentar sobre o pregão em curso para a compra de 4.501 pistolas .40 pela Instituição, declarou que esta deve ser a última licitação da BM para compras de pistola .40. 

A partir de agora, o Comando-Geral dará início da troca de calibre, migrando para a pistola 9mm, uma arma mais leve, que oferece mais precisão e com valor de munição mais acessível. A BM deve lançar um novo edital da licitação internacional para compra de pistolas 9mm, ainda sem data definida.

— A licitação da pistola .40 está seguindo porque enquanto estiver ocorrendo a licitação da 9mm temos de ter a possibilidade de aquisição permanente de armas. Quando conseguirmos fechar a licitação de 9mm, abriremos somente para este tipo — explica o Comandante-Geral.

Cel PM Mohr

Permitida às policias militares desde 2019, as 9mm serão introduzidas na BM por iniciativa doCoronel PM Mohr, conforme noticiou Zero Hora em maio. Em janeiro deste ano, Mohr esteve em Las Vegas (EUA), na Shot Show, considerada a maior feira de armas no mundo, e identificou que praticamente todas as polícias americanas dão preferência ao calibre. O coronel discutiu a ideia com os instrutores de tiro da corporação, que concordaram com a mudança.

Atualmente, apenas o Batalhão de Operações Especiais (Bope) utiliza pistolas 9mm. Entre as vantagens na troca de calibre, segundo o comandante, estão o peso menor, o custo mais baixo da munição e o recuo mais brando da arma no momento do disparo, o que garante maior precisão ao atirador.

— A 9mm tem um desgaste mecânico menor, boa durabilidade e está sendo utilizada pelas polícias do mundo inteiro. O policial precisa de menos disparos no treinamento com a 9mm para atingir uma boa precisão, comparada com o calibre .40— explica Mohr.

17 agosto, 2020

Índia faz anúncio histórico para ajudar seu setor privado de Defesa

 

 *Financial Express - 17/08/2020

A Índia embarcou na busca de autossuficiência e nacionalização no setor de Defesa, com foco no programa Make in India. O potencial da indústria indiana, juntamente com as capacidades tecnológicas desenvolvidas internamente, é vital para atingir o objetivo de um ecossistema forte e sustentável na manufatura do Setor de Defesa no país.

O ministério da defesa estabeleceu uma meta de faturamento de US $ 25 bilhões (Rs 1,75 lakh crore) na fabricação de defesa nos próximos cinco anos, que incluiu uma meta de exportação de US $ 5 bilhões (Rs 35.000 crore) em equipamentos militares. Com isso como o objetivo abrangente e a visão do PM Narendra Modi para a Índia, o Ministro da Defesa Rajnath Singh, em 9 de agosto de 2020, anunciou que a Índia parará de importar 101 sistemas militares e armas para começar, com subsequentes adições à lista a serem tomadas ano após ano pelo DMA, sob a chefia o general Bipin Rawat, em consultas com os Serviços e o Ministério da Defesa e Assuntos Externos.

Além de ter como objetivo produzir plataformas e armas importantes na Índia, o governo pretende se concentrar na redução da porcentagem de componentes importados e em sistemas de armas e equipamentos de defesa desenvolvidos localmente. A decisão sobre a lista de importação de sistemas de armas em um calendário anual foi anunciada pela primeira vez pelo Ministro das Finanças Nirmala Sitharaman em maio de 2020, enquanto anunciava reformas para o setor de manufatura de defesa privada, que incluía o aumento do limite de IED de 49 por cento para 74 por cento abaixo a rota automática. 74% (IED) sob a rota automática é uma emenda de política positiva, embora talvez um pouco tarde para chegar, dada a provável queda nos gastos gerais de capital de defesa, especialmente após a explosão da pandemia COVID19.

Como esse aumento no IED na rota automática afetará as categorias preferenciais existentes de aquisições de defesa, como 'Indian Indigenously Designed Developed and Manufactured' ou Indian-IDDM, ainda está para ser visto e pode exigir alterações de política significativas para procedimentos de aquisição existentes. Na rota Indian-IDDM, atualmente é proposto que qualquer pedido exigirá pelo menos 50% de conteúdo indígena (IC) se o projeto for nativo, além de desenvolvimento e fabricação (um aumento de 40% em relação ao DPP 2016).

O anúncio do governo afirmando que em qualquer contrato governamental acima de Rs. 200 crore, nenhuma empresa estrangeira pode participar no processo de licitação. Isso oferecerá uma oportunidade à indústria de defesa indiana de fabricar os itens da lista negativa usando seus próprios recursos de design e desenvolvimento ou adotando as tecnologias projetadas e desenvolvidas pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO) para atender aos requisitos da Armada Forças.

A lista de importação negativa inclui AFVs com rodas, com uma data de embargo indicativa de dezembro de 2021. O Exército deverá contratar quase 200 deles a um custo aproximado de Rs 5.000 crore. Da mesma forma, a Marinha provavelmente fará demandas por submarinos. Ela espera contratar cerca de seis milhões a um custo aproximado de quase Rs 42.000 crore. Para a Força Aérea, decidiu-se alistar 123 membros do LCA MK 1A, o IAF, a um custo aproximado de Rs 85.000 crore.

Centro de excelência no setor de armas pequenas
Ao apoiar seus fabricantes nacionais, a Índia pode se tornar o centro de excelência no setor de armas pequenas. Também reduzirá a dependência da importação de armas e munições. A fabricação nacional de armas também criará empregos para os indianos.

A promoção da manufatura local requer maior cooperação entre os militares e a indústria de defesa doméstica, que simplesmente não adquiriu as características de uma parceria colaborativa que impulsiona a indústria de defesa no mundo ocidental e nos Estados Unidos. A confiança mútua está faltando, com todas as partes envolvidas trabalhando em objetivos opostos entre si.

Exportações
Se a indústria doméstica depender exclusivamente da demanda local, a indústria terá pouco incentivo para investir em P&D e em instalações de produção sem economias de escala e subutilização da capacidade de produção. Assim, a abertura das exportações de produtos de defesa impulsionaria o aumento da participação do setor privado nacional. O SOP para concessão de NOC para Exportações de Defesa foi emitido pelo DDP em 15 de maio de 2017 e simplificou o procedimento para concessão de NOC para o setor privado. Muitos países da América do Sul e dos Estados Unidos têm um potencial de mercado muito grande para armas leves e munições no espaço privado, além das agências militares e de aplicação da lei.

De acordo com os dados disponíveis com o Ministério do Comércio e Indústria, a exportação por item indica que a lista é liderada por peças de aeronaves, seguido por navios de guerra, embarcações navais. A exportação de armas e munições tem sido comparativamente baixa e precisa de maior enfoque. Os detalhes disponíveis nos relatórios anuais publicados pelo MoD nos últimos seis anos sugerem que o valor das exportações por Empresas do Setor Público de Defesa (PSUs), Juntas de Fábrica de Artilharia (OFB) e Indústria de Defesa Privada (com base nos NOCs emitidos) para o o ano financeiro de 2016-17 foi de Rs. 1.495,27 crore, no entanto, houve um aumento de três vezes no valor das exportações de defesa para Rs. 4.500 crore em 2017-18. O projeto de Política de Produção de Defesa, 2018, estabeleceu uma meta de US $ 5 bilhões em exportações de defesa até 2025.

É provável que a estratégia de exportação de Defesa tenha algumas vantagens notáveis ​​para o país: -

Cooperação militar reforçada
As exportações de produtos de defesa contribuirão para fortalecer as parcerias diplomáticas e econômicas e, ao mesmo tempo, levarão a uma cooperação militar aprimorada. Além disso, essas exportações têm o potencial de abrir as portas para parcerias estratégicas de benefício mútuo para os parceiros. O financiamento à exportação, aumentando a alocação de fundos em “Linha de Crédito” de defesa para certos países amigos, pode ser considerado para facilitar a compra de equipamentos de defesa essenciais fabricados pela indústria de defesa indiana. Com a mudança na ordem mundial e a polarização acontecendo na geopolítica, as primeiras e principais ondulações seriam sentidas em Comércio e Segurança / Defesa. Em tais tempos, a diplomacia militar entre as nações seria tão importante e estratégica, se não mais.

No entanto, a prova do pudim estará claramente na implementação dessas emendas e reformas de políticas e não apenas em anúncios. 

*Por Raaj Nair (O autor é um veterano da marinha indiana. As opiniões expressas são pessoais).

14 agosto, 2020

Estado de Goiás e Delfire oficializam fábrica de armas para Anápolis

 

 
*Empreender em Goiás - 13/08/2020

O governador Ronaldo Caiado assinou nesta quinta-feira (13/08) protocolo de intenções para garantir incentivo fiscal ao investimento da empresa Delfire Fire Arms (DFA) para a produção de armas leves no Daia, em Anápolis. O investimento não foi revelado. No início deste ano, a empresa goiana já teve autorização do Estado Maior do Exército Brasileiro para fabricar em Goiás pistolas e rifles da marca eslovena Arex.

O início da operação da fábrica está prevista para o próximo ano, com a expectativa de gerar 195 empregos diretos, para a produção anual de 90 mil pistolas calibres 380 e 9mm. O foco inicial da empresa, comandada pelos empresários Augusto de Jesus Delgado e Gustavo Daher Delgado, será o mercado civil e a venda direta para policiais e militares. As instalações no Daia estão praticamente prontas em área de 10 mil metros quadrados, onde inicialmente eram produzidos extintores pela mesma empresa goiana.

É a primeira vez, em 80 anos, que o Exército autoriza uma fábrica de armas leves a se instalar no Brasil. Outras empresas estrangeiras também tentaram, mas não conseguiram. A austríaca Glock e a alemã Sig Sauer chegaram a pedir autorização, sem sucesso. O terreno onde será instalada a fábrica de armamentos foi concedido pelo Estado à Delfire por meio de subsídio. O contrato que estabelece os incentivos à Delfire prevê R$ 6,4 bilhões em créditos tributários para até 2040.

A Delfire chegou a tentar uma parceria com outra fabricante estrangeira de armas, a Caracal, dos Emirados Árabes. Em 2016, o governo de Goiás até assinou um protocolo de intenções de investimento com o governo dos Emirados. O projeto, no entanto, não avançou. Após o encerramento das tratativas com a Caracal, a DFA passou a importar armamentos da Arex. De acordo com o governo de Goiás, a DFA estima faturamento de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em cinco anos.

Pistolas Taurus PT59 são entregues à Guarda Civil Municipal de Itupeva (SP)

 

  *JR Jornal da Região - 12/08/2020

O prefeito Marcão Marchi esteve na tarde desta quarta-feira, 12 de agosto, na sede da Guarda Civil Municipal de Itupeva (SP) para entregar novos armamentos à corporação.

A Prefeitura de Itupeva adquiriu equipamentos, a partir da emenda parlamentar – do ano de 2018 – do então deputado federal, Major Olímpio – hoje Senador – no valor de R$ 200 mil, destinada ao fortalecimento das instituições de segurança pública.

Foram entregues à GCM, 43 pistolas 380, modelo PT59, além de 1.800 munições.

“Primeiramente, agradeço o apoio do Major Olímpio, que hoje ocupa a função de senador. Naquela ocasião, enquanto deputado federal, encaminhou a verba para o nosso município a fim de fortalecer a nossa Segurança Pública. As novas armas vão qualificar a estrutura da GCM, que atua zelando pelo patrimônio municipal e também em prol da população”, destacou o prefeito Marcão Marchi.

O atual comandante da GCM, José Augusto Gonçalves Alves, comentou sobre a importância dessa conquista. “A estruturação da Guarda Civil Municipal é algo contínuo, tendo em vista que o trabalho da corporação é essencial para Itupeva e sua população. Os novos equipamentos são extremamente importantes para a rotina diária da nossa equipe, que atua pela cidade”, finalizou.

Em um ato simbólico, os GCMs Raimundo Gomes Nonato e Dirceu Cruz, que representaram toda a corporação, receberam seus armamentos das mãos do prefeito Marcão Marchi.

Saiba mais – Os novos equipamentos foram entregues na data de hoje, em virtude de normas e registros da Polícia Federal e do Exército Brasileiro, visando à liberação dos equipamentos. Além disso, em decorrência da pandemia do Coronavírus, os prazos para a regularização foram estendidos.

Mais armamentos – Durante a entrega do armamento, o prefeito Marcão Marchi anunciou a autorização para aquisição de 5 carabinas táticas – calibre 40.

Presença – Também estiveram presentes no evento, os vereadores Valdir Ceará, Osvando Ferreira dos Santos, César Farali, Ana Paula Marciano e Márcio Gallo.

05 agosto, 2020

Presidente da Taurus confirma que joint venture na Índia está avançando bem


*LRCA Defense Consulting - 05/08/2020

Em matéria publicada no Estadão de 03 de agosto, foi divulgada uma declaração de Salesio Nuhs, Presidente e CEO Global da Taurus Armas S.A., confirmada posteriormente por esta editoria, onde o executivo respondeu sobre o andamento da joint venture firmada com o Jindal Group na Índia:

- A parceria com o grupo indiano está avançando de acordo o cronograma estabelecido, ainda que a pandemia de covid-19 tenha atrapalhado, por exemplo, viagens e deslocamentos. Estamos trabalhando em toda parte documental e layout da planta. O local onde a fábrica vai ser instalada já está com sua construção pronta, parte de alvenaria, e agora nosso parceiro vai iniciar a aquisição das máquinas para a produção.

Saiba mais:

03 agosto, 2020

Semestre tem recordes de vendas de armas nos EUA e no Brasil. Taurus poderá ser beneficiada

*LRCA Defense Consulting - 03/08/2020

Pelo terceiro mês neste ano, o FBI registrou checagens de vendas de armas em número recorde, indicação segura de que as preocupações com a eleição presidencial de 2020, com a pandemia e com os protestos raciais estão levando as compras de armas a um nível histórico nos Estados Unidos.

Logo após as 3.931.607 verificações de antecedentes em junho, a maior já registrada em 14 anos no Sistema Nacional de Verificação de Antecedentes Criminais Instantâneos (NICs), o FBI divulgou nesta segunda-feira (03) que as verificações de julho totalizavam 3.639.224. O número é o terceiro maior valor mensal de todos os tempos, atrás dos 3,9 milhões de checagens em junho e dos 3,7 milhões em março.

As verificações feitas pelo NICS são consideradas o melhor indicador para estimar o número de vendas de armas no país durante um determinado período de tempo, porque quase todas as vendas realizadas por revendedores licenciados, como lojas de armas, exigem a realização de uma verificação.

Mês a mês, os números de julho representam um aumento de 79% em relação a julho de 2019. No geral, o FBI realizou 22.819.271 verificações de antecedentes este ano, quase 44% superior ao primeiro semestre do ano passado, quando as verificações até julho totalizaram 15.890.359. O número do primeiro semestre corresponde a cerca de 80% de todo o ano de 2019.

As verificações de antecedentes do FBI indicam que 2020 já viu pelo menos 10 milhões de armas vendidas - muitas para compradores e minorias que as adquiriram pela primeira vez.

Embora uma única verificação de antecedentes possa representar a venda de várias armas, esses números não são um retrato perfeito das vendas, pois não incluem dados de 20 estados que processam algumas ou todas as suas verificações de antecedentes por conta própria, e não pelo FBI.


"Estou vendo coisas que nunca vimos antes"
O grupo da indústria Small Arms Analytics & Forecasting disse que as vendas atingiram 2 milhões em julho, um aumento de 134% em relação a julho de 2019. Julho é o quinto mês consecutivo a estabelecer um recorde de vendas de armas.

"Estou vendo coisas que nunca vimos antes", disse Larry Hyatt, proprietário do Hyatt Guns em Charlotte, Carolina do Norte. "É baseado no medo."

O número de verificações da NICS ajuda a explicar a falta de armas e munição nas lojas e o registro de pedidos em atraso de fabricantes de armas e fornecedores de munição.

No enorme site online de armas de fogo Brownells, por exemplo, as vendas de armas aumentaram 90%, lideradas por armas pequenas (revóveres e pistolas). As vendas de munição aumentaram 30% e o tráfego da Web no Brownells.com aumentou 60% -70%.

O porta-voz de Brownells, Ryan Repp, disse à Secrets: "A incerteza está definitivamente impulsionando as vendas de armas de fogo, munição e acessórios relacionados ao momento. Com as conversas sobre a retirada da polícia, uma pandemia nacional que está pressionando os serviços de emergência é a 'tempestade perfeita' da incerteza, e estamos vendo pessoas de todo o espectro político se voltando para a posse de armas de fogo pela primeira vez".

"Na Brownells, vimos um aumento de 90% nas vendas de armas de fogo, um aumento de 30% nas vendas de munições e o tráfego da Web continua superando o normal "em cerca de 60%. No momento, o mercado de armas de fogo é realmente limitado apenas pela oferta, à medida que os fabricantes da indústria trabalham para recuperar o atraso".

Uma visita da Secrets na semana passada a três lojas de armas na Virgínia encontrou duas com apenas um punhado de armas à venda e uma terceira em que munições foram varridas das prateleiras no minuto em que foram estocadas.

Chris Killoy, diretor executivo da Sturm, Ruger & Company, disse que o atual aumento nas vendas é diferente de tudo que ele já viu. A onda de compras não mostra sinais de desaceleração e a forte demanda "se sustentará" no outono, previu Killoy.

"Tendo estado neste setor há 30 anos, vi o aumento em 1994 antes da proibição de armas de assalto", disse Killoy a investidores na quinta-feira. "Esse é provavelmente o nível de demanda mais forte que eu já vi. Uma das diferenças mais significativas é como isso afetou todos os níveis do canal e o impacto no inventário em todos os níveis".

Mês Nacional dos Esportes de Tiro pode levar a novas vendas
Os milhões de proprietários de armas de fogo, principalmente os que as adquiriram pela primeira vez nos EUA, poderão participar do National Shooting Sports Month em agosto, uma tradição americana que comemora o direito constitucional de manter e portar armas, consagrado na Declaração de Direitos e de liberdades individuais pela Segunda Emenda à Constituição americana.

O evento é tão importante nos EUA que mereceu uma mensagem nacional do Presidente Trump.

Como é um ótimo momento para buscar treinamento e aprender sobre as dezenas de esportes de tiro ao alvo e caça, a previsão é de que o fato estimule novas compras de armas neste mês.

Resultados excepcionais da Sturm, Ruger & Company e da Smith & Wesson Brands Inc.
A Sturm, Ruger & Company anunciou em sua teleconferência trimestral  na quinta-feira (30 Jun) que as vendas líquidas passaram de US $ 210.367.000 nos primeiros seis meses de 2019 para US $ 253.903.000 durante o mesmo período em 2020. Isso equivale a um lucro por ação diluído de US $ 1,06 em 2020, comparado a US $ .36 em 2019 - um aumento de três vezes. 

A Smith & Wesson Brands Inc. registrou um aumento de lucro semelhante em junho. As vendas líquidas da empresa saltaram 32,9%, de US $ 175,7 milhões no quarto trimestre de 2019 para US $ 233,6 milhões em 2020.

Taurus poderá se beneficiar com os recordes de vendas de armas nos EUA e no Brasil
Em 2019, a Taurus produziu cerca de 1,2 milhão de armas de fogo, sendo 889 mil em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e 310 mil na unidade americana, o que corresponde a mais de 5 mil unidades diariamente. Do 1,3 milhão de armas da empresa vendidas no ano passado, 1,1 milhão (quase 85%) foi para os Estados Unidos.

No primeiro trimestre, a companhia aproveitou o início do aquecimento do mercado de armas pessoais nos EUA e incrementou suas vendas em 11% em relação ao trimestre anterior, atingindo a marca de 310.100 unidades vendidas. Este incremento aconteceu apesar de a unidade fabril americana ainda estar se adaptando às novas instalações na Geórgia naquele período, problema que já foi equacionado no trimestre posterior.

Como o Brasil, por meio quase que exclusivamente da Taurus Armas, tornou-se o segundo maior exportador de armas pequenas (pistolas e revólveres) para os EUA, é bastante provável que essa empresa se beneficie da explosão de vendas que está sendo registrada nesse país e apresente números significativos no balanço do segundo trimestre, no que se refere às vendas para esse mercado.

No entanto, não só nos EUA as vendas de armas estão crescendo.  Nos três primeiros meses de 2020, as vendas em volume da Taurus no mercado brasileiro mais que dobraram (cresceram 111% sobre o mesmo trimestre do ano passado), enquanto a receita saltou 52%.

Somando-se os dados do SINARM com os do SIGMA, o total de registros de novas armas no primeiro semestre totalizou 132.485 unidades e representou um aumento final de 80% em relação ao havido em todo o ano de 2019. O aumento semestral de 200% superou todos os demais da série existente desde 2009, constituindo-se em um recorde histórico.

Em consequência, as vendas domésticas da empresa tendem, também, a apresentar um volume significativo no segundo trimestre, similares ou superiores aos números do primeiro.

Estimativa de resultados positivos
Como a pequena variação cambial do segundo trimestre não atuará de forma perversa sobre os resultados da empresa, como aconteceu no primeiro, o forte acréscimo esperado no volume de vendas para os EUA tenderá a fazer esta variação impactar de forma positiva, haja vista que cerca de 85% de suas vendas são direcionadas ao mercado americano, ou seja, faturadas em dólar. Com isso, salvo a ocorrência de um fator negativo inesperado, é razoável estimar que a empresa apresente resultados positivos no balanço desse trimestre.

Principais fontes:
- Presidential Message on National Shooting Sports Month 2020 | The White House https://bit.ly/31eul3E
- July Breaks Gun Sales Record as Gun Company's Earnings Triple https://bit.ly/33nKXbV
- Sales of guns used for self-defense up across the country, experts explain why https://bit.ly/31eHABp
- Gun Sales Are Surging, But Background Checks Aren’t Keeping Up | FiveThirtyEight https://53eig.ht/2XmH43a
- Gun sales exploding, July FBI checks jump 79% https://washex.am/2DufQQT
- Gun sales surge an estimated 135% in July amid coronavirus, rioting fears - Washington Times https://bit.ly/31d3ZyZ
- Millions of New Gun Owners Will Enjoy National Shooting Sports Month in August https://prn.to/3a0edqs
- LRCA Defense Consulting - arquivos

*Colaborou: Christian Lima

30 julho, 2020

Prefeituras de Caxias do Sul (RS) e de Jundiaí (SP) adquirem armamento da Taurus

*LRCA Defense Consulting - 30/07/2020

As Guardas Municipais de Caxias do Sul (RS) e de Jundiaí (SP) receberam novos armamentos produzidos pela empresa Taurus Armas S.A., com sede em São Leopoldo (RS).

Na quarta-feira, 29/07, foi realizada a entrega de 20 Pistolas TS9 e duas Carabinas CTT 40 para a Guarda Municipal de Caxias do Sul.

A cerimônia foi realizada na sede da Corporação e contou com a presença do Secretário de Segurança Pública do município, Hernest Larrat Júnior, e de profissionais da Guarda. O investimento do município foi de R$ 100,9 mil.

Entrega para a Guarda Municipal de Caxias do Sul

Hoje (30), a Guarda Municipal de Jundiaí recebeu 18 carabinas CTT 40 compradas com verba do programa Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal, em um investimento de R$ 77,5 mil. No final de maio, a Guarda Municipal já havia recebido 14 carabinas calibre 12 e quatro carabinas CTT 40, no valor de R$ 85 mil.

Carabinas CTT 40 da Guarda Municipal de Jundiaí (Foto: @pedroamora)

28 julho, 2020

Justiça de São Paulo revoga pena e multa impostas à Taurus pela PMSP


*LRCA Defense Consulting - 28/07/2020

Em novo comunicado divulgado na noite de hoje (28), a Taurus Armas S.A. informou que a pena administrativa e a multa impostas pela Polícia Militar de São Paulo foram revogadas pela Justiça de São Paulo, que também condenou a Fazenda Estadual a arcar com os honorários de sucumbência e com as custas e despesas processuais.

Veja o Comunicado:

27 julho, 2020

Presidente Bolsonaro anuncia novas portarias facilitando as atividades dos CACs



*LRCA Defense Consulting - 27/07/2020

Ao sair do Palácio do Planalto neste final de semana, o Presidente Bolsonaro falou que nesta semana terá novas portarias facilitando as atividades dos CACs - Colecionadores, Atiradores Esportivos e Caçadores.

Confira o vídeo:

23 julho, 2020

Taurus Armas vence ação judicial contra youtuber que a difamou




*LRCA Defense Consulting - 23/07/2020

A empresa Taurus Armas S.A. divulgou hoje (23) um Comunicado sobre a decisão judicial que a beneficiou em uma lide contra "um conhecido youtuber", após este ter postado um vídeo "com inverdades e xingamentos" contra a empresa.

Confira o Comunicado:

São Leopoldo, 23 de Julho de 2020.

COMUNICADO

Em respeito aos nossos colaboradores, clientes e acionistas, por sermos uma empresa de capital aberto, no sentido de proteger a nossa empresa, decidimos há algum tempo buscar a justiça sempre que nossa empresa fosse atacada injustamente e com acusações sem comprovação. Apesar da lentidão, estamos aos poucos restabelecendo a verdade.

Esclarecemos que, em mais urna decisão favorável a Taurus, o juiz Mario Cunha Olinto Filho da 2a. Vara Cível do Foro Regional da Barra da Tijuca, do Rio de janeiro, nos autos do processo n.° 0134311-56.2019.8.19.0001, condenou um conhecido youtuber a pagar R$ 40.000,00 em indenização por danos morais por postar vídeo com inverdades e xingamentos contra a Taurus.

Cabe destacar que o Juiz considerou a conduta desse Youtuber como "reprovável", pois ainda segundo ele "ninguém pode atingir injustamente a honra alheia", o que reforça a atitude da Taurus de defender sua imagem e reputação contra ataques infundados e com cunho meramente difamatório e calunioso.

Por fim, foi determinado na sentença que o Réu retire o vídeo do Youtube, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1.000.00.

Reforçamos que continuamos sempre à disposição dos nossos clientes e estamos sempre prontos a atender de imediato qualquer necessidade de pós-vendas/assistência técnica nos canais de atendimento disponíveis no nosso site.

Atenciosamente,

Taurus Armas 5/A


04 dezembro, 2019

Distribuidores da África do Sul e da Ucrânia adquirem pistolas da Taurus



Defesa - Agência de Notícias - 03/12/2019

A Taurus, uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, avançando com sua estratégia de negócios no mercado internacional, efetuou a venda de 1.500 pistolas G2c a um grande distribuidor da África do Sul. A Taurus G2c é a arma mais vendida no mundo na sua categoria, com mais de 2 milhões de unidades entregues pela companhia em vários países. Compacta, ergonômica, pesando aproximadamente 600 gramas, armação em polímero de alta resistência, tamanho compacto e sistema de percussor lançado, é a arma ideal para o porte velado e pronto emprego.

A fabricante de armas também ampliou os negócios na Ucrânia, com a venda de 1 mil pistolas Taurus modelo PT58 para um distribuidor do país. A pistola PT58 possui armação em alumínio de alta resistência, ação simples e dupla, com trava manual ambidestra e desarmador do cão.

11 agosto, 2019

Como as Guardas Civis estão virando tropas de elite militares

"No Embu os integrantes da tropa de elite da Guarda Civil não veem a hora de abandonar as pistolas compactas que carregam nos coldres amarrados às coxas. Nos planos da cidade estão a compra de pistolas 9mm e fuzis de calibre 5.56 fabricados pela brasileira Taurus e que se enquadram nos parâmetros definidos pelos decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro."









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Grupo ostensivo da GCM, cena cada vez mais comum na Grande São Paulo (Foto: Yan Boechat)

Por Yan Boechat
Mãos na parede chapiscada, olhos para o chão, pernas abertas num quase espacate. O jovem rapaz tremia quando ouviu o som metálico da pistola 380 sendo engatilhada. Na estreita viela formada por casas que de tão grudadas parecem caoticamente geminadas, o silêncio tenso amplificou o barulho que antecipa o primeiro disparo.
“Ouviu, né? Se correr vai tomar tiro”, disse o homem, uniforme azul, colete a prova de balas e uma intimidadora boina ornada com uma caveira.
O menino, então, chorou. Pediu perdão aos guardas por ter fugido ao encontrá-los de repente nos pequenos corredores dessa comunidade de casinhas simples em Osasco, na Grande São Paulo. “Sou ajudante de pedreiro, não mexo com droga, senhor”, repetia ele, quase aos soluços. Um segundo homem aproximou-se do adolescente de 17 anos, segurou sua camisa com força na altura da nuca, e avisou. “Fica na sua pra não ficar ruim pra você”. Com a boca já quase encostada no ouvido do rapaz, lembrou de uma dessas regras que nunca se quebram: “Homem não chora”.






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Oficial da ROMU durante abordagem na Grande São Paulo (Foto: Yan Boechat)

A cena, tão comum no cotidiano de incontáveis favelas brasileiras, não foi protagonizada por policiais militares, quase sempre os responsáveis por abordar traficantes em áreas potencialmente perigosas nas grandes cidades do País. Naquela manhã ensolarada e especialmente quente do início de agosto, os responsáveis por invadir a íngreme comunidade conhecida como “inferninho” eram homens da Guarda Municipal de Osasco.
Treinados pela ROTA, a violenta tropa de elite da PM paulista, desde o início desse ano eles têm como missão atuar exatamente em regiões e em ações que até pouco tempo eram de responsabilidade exclusiva da Polícia Militar. Abandonaram as típicas rondas escolares, o patrulhamento comunitário e as guardas patrimoniais. Agora caçam bandidos e traficantes pela cidade da Grande São Paulo e passaram a adotar um estilo cada vez mais próximo de seus colegas militares.
Circulam pela cidade com escopetas calibre 12, viaturas de grande porte que se parecem com as usadas pelas tropas táticas da PM e ostentam no uniforme a tal boina adornada com uma caveira e um braçal no ombro direito no qual se lê em letras grandes a sigla ROMU: Rondas Ostensivas Municipais. “Somos a Rota da GCM, estamos na linha de frente contra o crime”, me conta um dos guardas, orgulhoso por sua nova função.
Osasco foi a última cidade da Grande São Paulo a criar uma tropa de elite para sua Guarda Civil Municipal. Segue uma tendência que vem se espalhando por todo o país de forma acelerada. Prefeituras de um crescente número de cidades em diferentes regiões vêm investindo quantias consideráveis de recursos na criação de tropas especializadas, bem armadas e com treinamento quase militar para oferecer a seus cidadãos uma alternativa ao combate à crescente criminalidade. “Esse não é um movimento exatamente novo, mas que estamos vendo se espalhar e se acentuar com bastante frequência pelo país em meio a essa onda de militarização que ganhou força nos últimos anos no País e que culminou, de certa forma, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro”, diz a pesquisadora Juliana Martins, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.






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Fardas e armamentos da ROMU são bastante parecidas com as das tropas de elite das polícias do Rio e de SP (Foto: Yan Boechat)

Hoje em praticamente todas as cidades da região metropolitana de São Paulo há uma tropa de elite nas Guardas Municipais. Elas variam no formato, no treinamento, na maneira como se comportam e até mesmo na maneira como se vestem. Mas todas tem, em comum, a ideia de que são um complemento necessário à atuação da Polícia Militar em um cenário em que a percepção é violência crescente, mesmo com os índices de homicídio atingindo os menores valores da história em São Paulo .
“Os interesses são múltiplos em fazer esse investimento”, diz Denis Viana, secretário de Segurança Pública da cidade de Embu das Artes. “Há uma necessidade efetiva de ampliar o patrulhamento na cidade, que muitas vezes fica deficitário por conta das prioridades da Polícia Militar, que costuma pensar de forma muito mais estadual do que local”, diz ele, um guarda municipal de carreira. “E há, claro, uma questão política, a prefeitura mostra de forma efetiva que está atuando no combate à violência”.
A Romu de Embu das Artes foi criada há dois anos pelo prefeito Ney Santos (PRB), político que já foi alvo de diferentes investigações e chegou a ser acusado de ter participação em um esquema de lavagem de dinheiro do PCC. Ao contrário da maior parte das tropas de elite das GCMs da Grande São Paulo, a Romu de Embu preferiu buscar inspiração no BOPE do Rio de Janeiro e não na ROTA, a tropa que serve de espelho para a maior parte das GCMs paulistas. “Buscamos algo mais amplo, mais efetivo e que pudesse preparar nossos homens para qualquer situação”, diz Marco Viana, o comandante da Guarda de Embu. “Nossa inspiração foi o filme Tropa de Elite”.






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Tem sido corriqueiro que guardas municipais tenham executado ações parecidas com as que se vê apenas policiais militarem exercendo (Foto: Yan Boechat)

Por lá, os homens da sua própria tropa de elite abandonaram o azul tão característico das guardas municipais e adotaram o preto que caracteriza grupos táticos como o BOPE. Os guardas usam calças típicas de grupos combate, coturnos e boinas, um uniforme extremamente semelhante ao temido batalhão especial da PM fluminense. “E não é só isso não, nosso treinamento é tão pesado quanto o deles, são 15 dias intensos, em que nós fazemos de tudo para que o candidato que não tem preparo toque o sino e desista”, conta Viana.
A preparação para ter o direito de ser um Romu de Embu das Artes envolve situações extremas, como passar 48 horas sem sono e com quase nenhuma alimentação. Treinamento físico intenso e situações de tensão extrema. Na última turma, apenas 13 dos 21 candidatos que iniciaram o curso conseguiram completá-lo. “Muitas vezes eu tive vontade de tocar o sino, não é fácil, mas a recompensa de ser um Romu vale a pena, vale o sofrimento”, diz Jesus Santos, um baiano de 26 anos de Gongogi, na Bahia, que passou a integrar a tropa de elite da GCM de Embu das Artes a pouco mais de seis meses.
Santos é o responsável por carregar a escopeta calibre 12 de sua equipe formada por outros três guardas. Circula pela cidade com os olhos atentos a qualquer atividade suspeita, sempre deixando à mostra o cano da espingarda que tem a capacidade de arrancar a cabeça de um homem se disparada a curta distância. “Não estou aqui por dinheiro, não ganhamos nada a mais por isso, estou aqui por amor, por uma vocação”, conta ele, sob a anuência de seus colegas.
Os guardas de Embu levam tão à sério a lógica das tropas de elite que implantaram uma auto-punição para aqueles que cometem erros bobos, como deixar a arma em um lugar não autorizado, estar com a boina fora do lugar ou chegar atrasado. Em geral, aqueles que cometem os deslizes precisam tomar um banho frio, com farda e coturnos, e trabalhar as 12 horas de seu turno molhados. Na terça-feira, 30 de julho, três deles tiveram que enfrentar uma madrugada gelada com as roupas absolutamente molhadas.






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Um dos castigos por 'má conduta' é trabalhar um turno de 12 horas com as roupas molhadas; na imagem, policiais castigados (Foto: Yan Boechat)

Vistos até pouco tempo como atores menores no intrincado e complexo universo da segurança pública, a criação das tropas de elite das GCMs também tem servido para elevar a moral dos guardas. “Todo esse aparato, esses uniformes, essas boinas, esses braçais servem para aumentar a auto-estima desse profissional”, diz o presidente da Federação Nacional das Guardas Municipais, Clovis Roberto Pereira, que acumula o cargo de presidente do sindicato dos guardas municipais da cidade de São Paulo, onde não há uma ROMU. “São Paulo até criou algo semelhante quando o Paulo Maluf foi prefeito, mas ela foi extinta pela Luísa Erundina”, conta ele, que prefere não emitir uma opinião contumaz sobre a nova tendência que se espalha rápido pelo País.
Mas as rápidas mudanças no perfil das guardas municipais tem assustado até quem mesmo está para lá de acostumado com métodos agressivos das forças de segurança, como o ex-comandante do GATE da Polícia Militar de São Paulo, o tenente-coronel Diógenes Lucca. “Esses dias me surpreendi ao ver uma guarnição da GCM de Guarulhos fazendo tocaia, com tudo apagado, todos de preto”, conta Lucca. “Esse não é o papel da Guarda Municipal”. Lucca é um crítico contumaz das ações violentas da própria PM e vê no avanço das tropas de elite das guardas um potencial para o aumento ainda maior dos casos de violência policial. “Eu ando pessimista, o discurso que está em voga, o discurso que vem da Presidência da República causa impacto direto na tropa, que se sente mais livre para agir e fazer Justiça por conta própria”, diz ele, que participou da formação de um grupo da Romu de Embu das Artes recentemente. “Eu disse claramente que eles estão cometendo os mesmos erros da PM, repetindo o que temos de pior”.






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Entre os trabalhos que os ROMU executam, está a abordagem de suspeitos nas ruas, o que até então era trabalho apenas da PM (Foto: Yan Boechat)

Em Osasco os impactos das mudanças causadas pela criação da ROMU ainda são motivo de preocupação para a Guarda Municipal. “Se eu te colocar numa viatura grande, com uma boina, uma arma na mão, com as pessoas baixando a cabeça para você nas ruas você vai crescer, aquilo vai mexer com você, não tem jeito”, diz o sub-comandante da GCM de Osasco, inspetor Júlio Vaz. Ele, como a maior parte dos guardas municipais com décadas de carreira, vê com preocupação as indiscutíveis semelhanças entre as ROMUs e as tropas de elite das PMs brasileiras, conhecidas como violentas e, muitas vezes, as principais responsáveis pelos altíssimos índices de letalidade policial registrados no Brasil, os maiores do mundo. “Todo dia a gente precisa ir lá, lembrar esse cara de que ele precisa respeitar o cidadão, se deixar correr, teremos problemas”, reconhece ele.
O jovem rapaz abordado pelos guardas comandados por Vaz ainda chorava quando sua família apareceu. O padrasto trazia o RG. A tia garantia que ele era um menino trabalhador. Era o fim de quase 30 minutos de um interrogatório tenso, motivado pela tentativa do jovem em correr ao avistar um grupo de oito homens armados e uniformizados em meio às vielas estreitas. “Esse choro ai é tudo mentira, essa tremedeira é tudo encenação”, me contava um dos guardas que haviam abordado o rapaz enquanto deixava a comunidade. “Daqui a pouco ele volta pro ponto dele, certeza de que ele tava vendendo droga, deu sorte que a gente não achou”, me contava ele, antes de seguir para uma outra comunidade pobre de Osasco para caçar novos suspeitos.

Uma tendência em todo país

No final do mês passado uma pequena nota assinada pelo secretário de Segurança Pública da cidade pernambucana de Petrolina, José Silvestre Jr., espalhou-se como rastilho de pólvora pelas milhares de guardas municipais instaladas em cidades de Norte a Sul do País. No texto distribuído à exaustão nas redes sociais, José Silvestre informava que o comando da 7ª Região Militar do Exército havia autorizado a Prefeitura de Petrolina a adquirir pistolas de calibre 9mm para equipar seus guardas municipais. A decisão foi baseada no conjunto de decretos sobre posse e porte de armas editados pela Presidência da República e tem o poder de transformar de maneira profunda as guardas civis municipais de todo o País.






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Tropas de elite têm sido cada vez mais comuns nas Guardas Municipais da Grande São Paulo; tendência está se espalhando pelo país (Foto: Yan Boechat)

Pela legislação em vigor, as GCMs não podem usar armamento semelhante às outras forças de segurança brasileiras, como as polícias militares, as polícias federais ou as polícias civis. Os guardas têm direito apenas a andarem armados com pistolas calibre 380 ou revólveres calibres 38, além de escopetas de calibre 12. Armamento de calibre superior, como as .40 usadas pelas polícias militares, as 9mm, utilizadas pelas Forças Armadas, ou os fuzis de calibre 5.56 ou 7.62 são vetados para os GCM. “Isso se tornou um problema porque estamos atuando em áreas e situações de maior risco, mas não temos equipamentos compatíveis”, diz o comandante da GCM de Embu das Artes, Marco Viana. “Nem coletes que possam nos proteger de disparos de fuzis, tão comuns hoje em dia, nós temos direito de comprar”, diz ele.
Ainda são poucas as prefeituras a seguir o exemplo de Petrolina, que se prepara para fazer uma licitação para adquirir as pistolas que até agora são de uso exclusivo das Forças Armadas. A maior parte dos municípios ainda teme voltas e reviravoltas nos decretos presidenciais, vistos como inconstitucionais por diversos especialistas e que terá sua validade contestada no Supremo Tribunal Federal. Mas, passada a insegurança jurídica, serão poucas as guardas municipais que permanecerão com as pistolas 380 e os ultrapassados revólveres 380. “Nós estamos aguardando que haja uma pacificação sobre o tema para avançarmos no armamento, em especial para a Romu”, diz o subcomandante da Guarda Civil Municipal de Osasco, Julio Vaz. “Aqui nós pretendemos adquirir pistolas 9mm além de metralhadoras e sub-metralhadoras também 9mm, não achamos conveniente o uso de fuzis no ambiente urbano”, diz ele.
No Embu os integrantes da tropa de elite da Guarda Civil não veem a hora de abandonar as pistolas compactas que carregam nos coldres amarrados às coxas. Nos planos da cidade estão a compra de pistolas 9mm e fuzis de calibre 5.56 fabricados pela brasileira Taurus e que se enquadram nos parâmetros definidos pelos decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro.”O crime avança e precisamos avançar também, as guardas estão se transformando, ganhando autonomia e precisam estar bem equipadas”, diz Viana, de Embu das Artes.
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